quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Padre prega durante missa contra o PT e o aborto

Durante o sermão da missa realizada nessa terça-feira dentro da comunidade católica Canção Nova, o padre José Augusto disse aos fiéis que o país irá mudar para pior se a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, vencer a eleição.

“Os rumos da nação brasileira estão prestes a mudar para pior se, neste segundo turno - e eu vou falar com clareza - o PT ganhar”, disse ele. Suas falas foram registradas ao vivo pela TV e também foram parar na internet, em vídeo que já foi visto mais de 16.000 vezes na rede mundial de computadores (o vídeo foi posteriormente retirado do Youtube).

“Podem me matar, podem me prender, podem me processar, e, se tiver de ser preso serei, mas eu não posso me calar diante de um partido que está apoiando o aborto”, completou José Augusto, que também se pronunciou contra o casamento homossexual.

Ele ainda afirmou que o PT estaria tentando aprovar leis contra os meios de comunicação religiosos, que passariam a ter uma hora de programação por dia. “Ai daqueles que se filiaram aos partidos comunistas”, pregou o padre. “Quem compactua com pessoas que aderem ao aborto está excomungado”, disse também o religioso.

Outro lado


Ontem, mesmo dia do sermão, o monsenhor Jonas Abib, fundador da comunidade Canção Nova, divulgou uma nota oficial, na qual diz: "a Canção Nova mantém-se alinhada à catequese da Igreja Católica e à sua doutrina comprometida com o direito à vida e à dignidade humana".

Em outro trecho, diz que a Canção Nova "não vê cada candidato por suas bandeiras, mas os acolhe como filhos amados de Deus. Cada fiel deve votar de acordo com suas convicções e com a doutrina social da Igreja. (...) Por fim, peço em nome da Canção Nova, perdão por qualquer excesso", diz ele no comunicado.

A assessoria ainda informou que o padre José Augusto segue normalmente com suas atividades.

Dilma

Diante do crescimento dos boatos de que Dilma e o PT seriam a favor do aborto, a candidata petista passou a dar diversos pronunciamentos nos quais se diz “a favor da vida”. Durante o debate promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), no dia 23 de setembro, a petista declarou que não é “pessoalmente” a favor do aborto, mas alegou que o tema é uma questão de saúde pública.

"A vida é um valor que nós, seres humanos, temos que respeitar, honrar, e perceber a dimensão transcendente", disse, mostrando-se desfavorável a ampliar os casos de aborto permitidos por lei. "A legislação já prevê casos em que o aborto é factível. Não acho que seria necessário ampliar esses casos", acrescentou.

Da BAND

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