sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Abatedouros do RN: solução demanda responsabilidade e cobrança da população

Robson Pires

A péssima situação dos abatedouros públicos do RN pode ter uma solução em pouco tempo, desde que haja ação política forte dos prefeitos, correta aplicação de recursos e acompanhamento da sociedade. A afirmação é do superintendente do IBAMA no RN, Alvamar Costa de Queiroz, que coordenou nesta tarde (09) uma reunião ampliada com diversas instituições públicas para debater o tema. Participaram da reunião representantes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN – Idema, do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater, da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária – Suvisa, do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária – Idiarn, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Caixa Econômica Federal.

Segundo Queiroz existem informação técnica e financiamento público para implementar abatedouros adequados, mas muitos ainda continuam operando como há 30 anos. Isso fez com que as condições de higiene, de cuidados com o meio ambiente e até de respeito aos animais fossem deixadas de lado. “Nesta reunião percebemos que há uma convergência das instituições no sentido de resolver o problema, mas é preciso um esforço conjugado e uma priorização dos municípios quanto à correção dos matadouros”, disse. Ele lembrou que muitos prefeitos preferem inaugurar praças, mas deixam de lado os abatedouros.

Ainda de acordo com o superintendente do IBAMA, os órgãos participantes da reunião já preparam uma agenda de atuação conjunta para que tanto as fiscalizações quanto os licenciamentos dos abatedouros sejam feitas em sincronia. “Nosso objetivo não é simplesmente fechar esses estabelecimentos, mas fazer com que funcionem sem provocar riscos ao meio ambiente e à saúde da população”, finalizou.

As fiscalizações do IBAMA, contudo, vão continuar com rigor. Estabelecimentos que não estiverem adequados serão fechados e as prefeituras que não demonstrarem preocupação com o assunto poderão ser multadas.

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