Na boca da noite, na soleira da porta Manelzinho conta suas istórias
Manelzinho e caça de 77 kg
 
"Manelzinho das bandas de Pixoré sempre dizia, quando ficar idoso vou 
morar próximo a Aba da serra de Santana para realizar minhas últimas 
caçadas. Aos 48 anos realizou o seu sonho. A nova morada preenchia os 
requisitos, tendo ao redor as várzeas, encostas, ariscos e caatingas, 
uma região isolada, perfeita e de muitas caças. Mocós, preás, seriemas, 
verdadeiros e até jacús nos meses de inverno vinham beber nos grandes 
barreiros. Certa tarde fumava seu brejeiro na latada de sua casinha 
simples se preparando para uma saída com a espingarda de soca para 
garantir a mistura do almoço do dia seguinte. A vista corria pelas 
encostas já programando qual seria o itinerário, quando avistou algo 
estranho se mexendo. Na ponta do serrote comprido distante a uns 400 
metros alguma coisa estava lá e era caça grande. Logo pensou, animal 
daquele lado não tinha. Logo em seguida, quase convencido por estar a 
coisa cinza, paradinha, imóvel, 
imaginou: deveria ser uma pedra cinza, refletindo ilusão de ótica, como 
diz os dotô. Rapidamente, noutro reflexo visual constatou: a pedra 
voltou a se mexer e novamente ficou parada, paradinha. Desta vez ele 
tinha certeza do que viu. Era alguma coisa viva. Pegou a espingarda 
chamou o companheiro Rompe Ferro, viralata que só faltava falar e tomou 
rumo ao local pelas escondidas. Ao aproximar-se, o susto foi grande, 
Rompe Ferro que ia a poucos metros a frente voltava em disparada, 
grunindo de medo parecendo ouvir tiros de foguetão. Em posição de tiro o
 bicho vinha a seu encontro, apontou na cabeça e apertou no gatilho. 
Passando ao lado como se fosse um grande balão de São João, a bola rolou
 mais de 100 metros. Era um Peba e com o tiro certeiro ficou sem aquela 
cabecinha. Foi carne muita e mistura pra lá de metros que chegou até o 
mês de Santana". Disse Manelzinho.
Manelzinho e caça de 77 kg
 
"Manelzinho das bandas de Pixoré sempre dizia, quando ficar idoso vou 
morar próximo a Aba da serra de Santana para realizar minhas últimas 
caçadas. Aos 48 anos realizou o seu sonho. A nova morada preenchia os 
requisitos, tendo ao redor as várzeas, encostas, ariscos e caatingas, 
uma região isolada, perfeita e de muitas caças. Mocós, preás, seriemas, 
verdadeiros e até jacús nos meses de inverno vinham beber nos grandes 
barreiros. Certa tarde fumava seu brejeiro na latada de sua casinha 
simples se preparando para uma saída com a espingarda de soca para 
garantir a mistura do almoço do dia seguinte. A vista corria pelas 
encostas já programando qual seria o itinerário, quando avistou algo 
estranho se mexendo. Na ponta do serrote comprido distante a uns 400 
metros alguma coisa estava lá e era caça grande. Logo pensou, animal 
daquele lado não tinha. Logo em seguida, quase convencido por estar a 
coisa cinza, paradinha, imóvel, 
imaginou: deveria ser uma pedra cinza, refletindo ilusão de ótica, como 
diz os dotô. Rapidamente, noutro reflexo visual constatou: a pedra 
voltou a se mexer e novamente ficou parada, paradinha. Desta vez ele 
tinha certeza do que viu. Era alguma coisa viva. Pegou a espingarda 
chamou o companheiro Rompe Ferro, viralata que só faltava falar e tomou 
rumo ao local pelas escondidas. Ao aproximar-se, o susto foi grande, 
Rompe Ferro que ia a poucos metros a frente voltava em disparada, 
grunindo de medo parecendo ouvir tiros de foguetão. Em posição de tiro o
 bicho vinha a seu encontro, apontou na cabeça e apertou no gatilho. 
Passando ao lado como se fosse um grande balão de São João, a bola rolou
 mais de 100 metros. Era um Peba e com o tiro certeiro ficou sem aquela 
cabecinha. Foi carne muita e mistura pra lá de metros que chegou até o 
mês de Santana". Disse Manelzinho.




Nenhum comentário:
Postar um comentário