sábado, 24 de setembro de 2011

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAS


Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE, instalou uma torre na Àrea da sede do VII-Distrito Rodoviário, DER, em Santana do Matos. Esta torre será acompanhada por técnicos do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec)/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Lamepe, que atuam mediante parceria na execução do projeto Muclipe. As torres serão equipadas com sensores instalados em dois sistemas de medidas, sendo um em alta freqüência (fluxos de CO2, vapor água e calor sensível) e outro em baixa freqüência (componentes do balanço de radiação, temperatura e umidade relativa do ar, precipitação, umidade e temperatura no perfil do solo). O monitoramento será permanente, visando à coleta de dados em longo prazo e, assim, obter dados que possibilitem a caracterização mais precisa, do ponto de vista micrometeorológico, da caatinga.

MONITORAMENTO DE CO2 - Essa instalação fará parte da Rede Brasileira de Monitoramento de CO2, estando apto a fazer estudos sobre mudanças climáticas. Francis Lacerda explica que a vegetação da caatinga que recobre o semiárido brasileiro é, proporcionalmente, a menos estudada e menos protegida das composições florísticas brasileiras, e possui espécies vegetais de importância incontestável na sua formação. “A exploração contínua dos recursos naturais e a devastação generalizada da cobertura vegetal nativa desta região fitogeográfica vêm provocando impactos ambientais de grande magnitude, cujas conseqüências ainda não são totalmente conhecidas. Tais conseqüências exigem intervenção imediata no sentido de amenizar os problemas daí decorrentes.”, acrescenta ela.

Segundo Francis, a caatinga e o semiárido brasileiro compreendem áreas muito suscetíveis às variações do clima, e destacam-se como as mais vulneráveis aos impactos das possíveis mudanças climáticas. Apesar da importância, ainda são muito escassas as informações científicas sobre as interações do sistema solo-planta-atmosfera em áreas cobertas por este ecossistema, seja em estado natural ou degradado. “Com as torres, será possível estudar as mudanças ocorridas no bioma caatinga, que, pelas simulações feitas até agora, é o primeiro a se modificar”, afirma.

Nenhum comentário: